sexta-feira, outubro 20, 2006

Concertos à borla no Casino Lisboa


Eu vou!


Mais uma vez, o Fuck Them All faz serviço público!

Primeiro o Casino do Estoril, agora o de Lisboa! Não acho o cartaz especialmente interessante, mas como há gostos para tudo, aqui fica o programa para esta temporada de concertos gratuitos.


6 de Novembro – Cool Hipnoise

13 de Novembro – Toranja

20 de Novembro – chan chan chan chan… JOSÉ CID, o Mestre!

27 de Novembro - Spanky Wilson & The Quantic Soul Orchestra

4 de Dezembro – Jorge Palma

11 de Dezembro – Koop

18 de Dezembro – Luís Represas

25 de Dezembro – João Pedro Pais

31 de Dezembro – Pedro Abrunhosa


São todos à segunda-feira, pelas 22h30. E à borlix, o que é sempre fixe!

31 Comments:

Blogger Rosa said...

Cool Hipnoise e Jorge Palma parece-me muito bem! :)

sexta-feira, outubro 20, 2006 12:38:00 da tarde  
Blogger marta cs said...

A mim também!

E vou ponderar seriamente se passo o Natal em família ou a ver o João Pedro Pais... NOT! Eheheheheheh :)

sexta-feira, outubro 20, 2006 12:43:00 da tarde  
Blogger The Smoking Man said...

Epah é que este cartaz não tem um nome que se possa dizer "Benza-te Deus" lololololol

É a lojinha dos horrores man!

Meeeedoooooo! ;)

Jokinhas Marta! 8)

sexta-feira, outubro 20, 2006 1:45:00 da tarde  
Blogger Pinholas said...

Marta minha little Marta ;)

O melhor de todos os concertos é dia 20...nem vou mencionar o nome de quem estará em palco...

Se convidarem para lá estar dia 4 de Dezembro...a minha resposta é:
- Bora lá!!!

sexta-feira, outubro 20, 2006 2:56:00 da tarde  
Blogger marta cs said...

Ó manta, o Jorge Palma é fixe!!!

Pinholas, TU disseste mesmo que o melhor concerto era o de dia 20?! Estás doente?! ihihihihihih :)

sexta-feira, outubro 20, 2006 2:59:00 da tarde  
Blogger Pinholas said...

ACHAS? ACHAS MESMO???

sexta-feira, outubro 20, 2006 3:09:00 da tarde  
Blogger marta cs said...

Agora estás em negação... eheh

sexta-feira, outubro 20, 2006 3:14:00 da tarde  
Blogger Pinholas said...

As minhas consultas no psi...são por isso mm...ando sempre em permanente negação...

agora um aparte...diz lá que o cid nessa foto não tem ar de Bono Vox?
Nega lá tu agora...

Beijo

sexta-feira, outubro 20, 2006 5:12:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Agenda artística de Jorge Palma sempre actualizada em www.bloguepalmaniaco.blogspot.com
newsletter/informações: contactar ladoerradodanoite@hotmail.com

sexta-feira, outubro 20, 2006 8:06:00 da tarde  
Blogger cmc said...

Olá!

Nada de especial... e não, não vou ver o Cid! E, também, não vou passar o Natal com o João Pedro Pais! Não me apanham lá!!! (Estou numa fase de negação, se é que ainda não perceberam!)

Olha, vai ali "ao lado" espreitar! Vamos ao cinema?

domingo, outubro 22, 2006 6:29:00 da tarde  
Blogger Eva Luna said...

Podiamos combinar para ir ver o mestre Cid

segunda-feira, outubro 23, 2006 12:32:00 da tarde  
Blogger The Smoking Man said...

Evita!!! Olá!!!

Nunca mais te tinha visto... :)
Beijokas!
Vais ver o Cid?!? :/ Jeez...

segunda-feira, outubro 23, 2006 1:12:00 da tarde  
Blogger marta cs said...

Vamos ver o Cid!!!!!!

segunda-feira, outubro 23, 2006 3:40:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Retaliação ao acto terrorista da Miss Marta:

Vejo o meu pai, no limite da minha infância, dobrar a porta do pátio, com um baú de folha na mão.
Vejo-o de lado, e sem se voltar, eu estou dentro do pátio e não há, na minha memória, ninguém mais ao pé de mim. Devo ter o olhar espantado e ofendido por ele partir. Mas alguns meses depois o corredor da casa da minha avó amontoa-se de gente, na despedida de minha mãe e da minha irmã mais velha que partiam também. Do alto dos degraus de uma sala contígua, descubro um mar de cabeças agitadas e aos gritos. Estou só ainda, na memória que me ficou. Depois, não sei como, vejo-me correndo atrás da charrete que as levava. O cavalo corria mais do que eu e a poeira que se ia erguendo tornava ainda a distância maior. Minha mãe dizia-me adeus de dentro da charrete e cada vez de mais longe. Até que deixei de correr. Dessa vez houve choro pela noite adiante - tia Quina contava, conta ainda. Mas não conta de choro algum dos meus dois irmãos que ficavam também. Deve-me ter vibrado pela vida fora esse choro que não lembro. É dos livros, suponho. Depois a infância recomeçou. Três irmãos, duas tias e avó maternas, depois a vida recomeçou. Mas toda essa infância me parece atravessar apenas um longo Inverno. É um Inverno soturno de chuvas e de vento, de neves na montanha, de histórias de terror, contadas à luz da candeia no negrume da cozinha, assombrada de tempestade. Até que um dia um tio de minha mãe, que era padre na aldeia, se pôs o problema de eu não ser talvez estúpido. E imediatamente se empolgou para me consagrar ao Altíssimo. E para me ir desbravando a alma, juntamente com a doutrina, atacou-me a memória com o latinório todo da missa. Aprendi-o sem falhas, ia eu nos seis anos. E quando aos sete o fui ver esticado na cama, a face toda negra, e me obrigaram a beijar-lhe a mão morta, já tinha o destino talhado para o Senhor. Minhas tias apoderaram-se logo de mim, negligenciando um pouco os meus irmãos, e sufocaram-me de religião. Na instrução primária cumpri. Deus mostrava à evidência que me chamava ao seu serviço. Era forte em contas, mais atrapalhado em História, de qualquer modo, os desígnios de Deus eram evidentes. E assim, para se cumprir a sua vontade, parti. Ficava à distância de um dia de comboio, o Seminário. Saio na estação ao anoitecer, há uma multidão de seminaristas à minha volta, todos vestidos de preto. Estou entre eles, não conheço ninguém. Avançamos pelo escuro estrada fora, no tropear confuso de uma enorme massa negra. O Seminário espera-nos numa curva da estrada. É um casarão enorme, olho-o do fundo do meu pavor. Há Outono à minha volta, respiro-o agora em todo esse passado morto, nos castanheiros a desfolharem-se na cerca, no espaço dos salões, nos longos corredores ermos, nos ângulos cruzados pelos espectros perfeitos. Mas seis anos depois, levantado de heroísmo, saí. Fiz o liceu, entrei na Universidade. Mas não o fiz assim em três palavras como o faço aqui. Meu irmão corpo. Como foi difícil acomodarmo-nos um ao outro. A vida que me coube não a pude utilizar toda. Numa fracção dela acumulei assim aquilo com que se realiza - o sonho, o trabalho, a alegria. E eis que se me levantam os sete anos de Coimbra. Sombrios, longos, penosos. Mas o que acede desse tempo à evocação tem apenas o halo de uma balada. Ruas da Alta, e a Torre, e o plácido rio do alto da Universidade, e os mestres que eu julgava um prodígio da Natureza, quando cheguei à cidade, e fiquei a julgar também, a vários deles, quando saí, mas com outro sinal, e a praxe estúpida, e os namoros estúpidos, e a descoberta, enfim, da literatura, que só então descobri, embora trabalhasse há muito o verso com obstinação, e as tertúlias, as rixas, o próprio futebol, as próprias desgraças físicas - tudo me ressoa agora a uma toada de legenda. Da festa juvenil, como da festa literária eu só conhecia as margens do rumor que transbordava da alegria dos outros. Isso basta, porém, a que a legenda se me levante e o seu eco me ondeie ao espaço da evocação. Assim Coimbra, só no ressoar do seu nome tem já um timbre de guitarra. Música de miséria, não é nela que eu a ouço, mas no passado que a transcende e é da memória inatingível, da memória absoluta. Coimbra da saudade difícil, Coimbra de sempre e de nunca. Comigo a levei, longo tempo me acompanhou, presente, obsessiva. Mas havia tanta coisa ainda à minha espera. Faro do ar marinho, da laguna das águas mortas, Bragança das invernias, Évora, Lisboa. Professor sou-o por fatalidade. Mas alguma coisa se me impõe na avidez dos alunos que me escutam, na necessidade de responder à sua descoberta do Mundo - e assim me invento o professor que não sou, e eles imaginam em verdade o que é em mim só ficção. Mas dos centros de irradiação da minha actividade, apenas Évora transbordou de emoção para a lembrança. E como a Coimbra, é de novo a música, agora o coral dos camponeses, que a levanta ao espaço da minha comoção. Ouço-o ainda agora, a esse coro de amargura, raiado à infinidade da planície. Évora do silêncio com sinos nas manhãs de domingo, estradas abandonadas à vertigem da distância, ó cidade irreal, cidade única, memória perdida de mim. Sou do Alentejo como da serra onde nasci, a mesma voz de uma e outra ressoa em mim a espaço, a angústia e solidão.E a minha biografia deve ter findado aqui. Lisboa é um sítio onde se está, não um lugar onde se vive. Mesmo que se lá viva há 18 anos como eu. Eu o disse, aliás, a alguém, na iminência de vir: quando for para Lisboa, levo a província comigo e instalo-me nela. E assim se fez. Os livros que aqui escrevi são afinal da província donde sou. Terrorismo do trânsito, das relações pessoais, da luta em febre pela glória por que se luta ou do ódio surdo pela que calhou aos outros, terrorismo das distâncias, das relações humanas ao telefone, das cartas que nos escrevemos para de uma rua a outra ao pé, da cultura tratada a uísque nos salões do mundanismo, da individualidade perdida, da vida massificada. Vejo-me numa enfermaria do hospital, acordando estranhamente de não sei que tempo de inconsciência, com vários médicos conversando entre si e sobre mim. Pergunto de que se trata, porque estou ali. «Foste atropelado» - diz-me o meu filho, que é um dos médicos. Tenho fractura do crânio, várias contusões pelo corpo. Lisboa, selvagem, cidade bonita na claridade dos prédios, no rio das descobertas, no aéreo das colinas, meu veneno e minha sedução. Fui atropelado. Mas é talvez justo que o fosse. Porque eu não sou daqui.

Vergilio Ferreira


Posted by Toupeira

segunda-feira, outubro 23, 2006 3:40:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

o joao pedro pais?!?fdx tou la batido!!eh!

segunda-feira, outubro 23, 2006 3:42:00 da tarde  
Blogger The Smoking Man said...

Vergílio Ferreira... nããããããooooo!!! Isso é arma de destruição massiva pah!

Chamem a ONU!!!

lolololollolo

segunda-feira, outubro 23, 2006 3:46:00 da tarde  
Blogger Unknown said...

pá...q foto mais fêxe!:p
sempre sexy este nosso Cid!LOL

obviamente EU VOU ao mestre e ao jorginho e a cool hipnoise talvez!

agora é assim marta...n ha nenhum nome q se diga benza-te deus??????entao e o cid pá??????bem...desta vez passa mas é SO desta vez!

cid cid cid cid cid cid!
tu és a maior e o toupas é um ganda maluco!

o manta anda-se a fazer de desentendido cm se n fosse connosco ao cid!pffff pois n q n vais!

segunda-feira, outubro 23, 2006 4:03:00 da tarde  
Blogger marta cs said...

Toupeira, agora é que me tramaste... E eu tramei-te a ti... Pela mesma razão: gostei do texto!!! Fdx, isto assim não pode ser. Eu nego tudo!!! Se disserem a alguém que gostei do texto do Vergílio, eu nego tudo!!!

oldschool
Ainda por cima no dia de natal, não podia haver programa melhor para esse dia!

manta
Eu não vou repetir o que já disse...

anouska
Tens toda a razão... Mea culpa. Vou ali autoflagelar-me por esta falha tão grande.

segunda-feira, outubro 23, 2006 4:33:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

no natal e mm fixe ir ver jppais!!

segunda-feira, outubro 23, 2006 4:39:00 da tarde  
Blogger marta cs said...

Eh eh eh!

Essa abreviatura é fixe!!! jppais!

segunda-feira, outubro 23, 2006 4:42:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

:)
nao e melancolico?jppais no natal?eheheh!!

segunda-feira, outubro 23, 2006 4:48:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu sempre estranhei uma rapariguita como tu não gostar de Vergilio Ferreira,lá com as coisinhas dele do existencialismo... Ele até tem textos e (imagine-se) capitulos inteiros muito bons , mas prontoch, agora é que me f(l)odeste(ixaste) com essa, o que vai ter de acontecer é eu ir buscar um daqueles textos bem chatos e lamechas que tu tens ar de quem gosta muito(ironia). Mas estando o cessar fogo ainda em vigor ficará para uma próxima oportunidade, pois que agora nem me apetece ir à procura. (uma vez por dia do Ti Vergilio é mais que suficiente)

Toupeira

segunda-feira, outubro 23, 2006 5:17:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

sista martola,sorry about that shit..

segunda-feira, outubro 23, 2006 5:44:00 da tarde  
Blogger marta cs said...

oldschool, qual shit?!

toupeira, chega de vergílio, por favor!! Eu não me quero tornar fã do homem!!! E não encontras textos de jeito nem do paulo coelho nem da margarida rebelo pinto. Não é possível, isso não existe!

segunda-feira, outubro 23, 2006 5:59:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

kaga nisso..

segunda-feira, outubro 23, 2006 6:09:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não só não existem, como nunca existirão.

E já agora eu falei na inês Pedrosa, não na guida pinto.

Toupeira

segunda-feira, outubro 23, 2006 6:14:00 da tarde  
Blogger marta cs said...

oldschool, caguei logo... eheh

toupeira, ups! Eu tentei ler um livro dessa, mas não deu. E ela até é boa pessoa...

segunda-feira, outubro 23, 2006 6:47:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

"Eu tentei ler um livro dessa, mas não deu. E ela até é boa pessoa..."


Pfffffff......(riso contido)

Eu li as primeiras 10 pgs. Depois fui à casa de banho mandar um fax.
E isto é verídico.
O "Fazes-me falta" (acho que esse o nome do livro è mesmo muito mau... parece aqueles contos da Maria em modo Vergilio Ferreira do Cartas a Sandra mas em maus...

Toupeira

segunda-feira, outubro 23, 2006 7:10:00 da tarde  
Blogger marta cs said...

Ó pra mim a trabalhar, que só me apetece partir isto tudo!!!

Foi mesmo esse que tentei ler, mas aguentei mais umas 20 páginas para além dessas tuas 10! eheheheheh

E não posso dizer que fui à casa de banho mandar um fax porque sou uma senhora e fica-me mal dizer essas coisas...

parece aqueles contos da Maria em modo Vergilio Ferreira do Cartas a Sandra mas em maus... eu não diria melhor!

segunda-feira, outubro 23, 2006 7:53:00 da tarde  
Blogger fada*do*lar said...

Chan-chan-chan-chan!
Dia 20?
Mestre Cid??
Hip-hip Hurrey!
:-D

terça-feira, outubro 24, 2006 1:16:00 da manhã  
Blogger Miúdo said...

Grande Cid. Já partilhámos o mesmo palco este ano... e com outros da lista, mas que temos vergonha de assumir! :D

Parabéns pelo blog, saudações nortenhas,

VdR

sexta-feira, outubro 27, 2006 11:20:00 da tarde  

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