Tsunami, dois anos depois

Foto: Rungroj Yongrit/EPA
Uma vendedora de uma loja de "souvenirs" tailandesa mostra uma t-shirt onde se lê a frase "Onda assassina - Tsunami - Praia de Patong - Phuket - Tailândia - 26 de Dezembro de 2004". A miúda é parva ou está só nervosa por estar a ser fotografada?



Milhares de pessoas, entre elas sobreviventes e parentes das vítimas do tsunami que abalou 12 países banhados pelo Oceano Índico, em 2004, lembraram hoje o segundo aniversário da tragédia com preces, silêncio e exercícios de alerta.

Em 26 de Dezembro de 2004, um terramoto de 8,9 graus na escala Richter, com epicentro em frente à ilha indonésia de Sumatra, provocou um tsunami que matou 226.408 pessoas.

A maior parte das áreas afectadas ainda não se recuperou dos grandes danos provocados e milhares de pessoas que perderam seus lares na altura ainda vivem em abrigos, em condições precárias e perigosas para a saúde.

Um sistema de alarme de maremotos foi instalado em 27 países da bacia do Índico graças a um acordo entre a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Comissão Interoceanográfica Internacional com o Immarsat, oferecendo conexão por satélite gratuita com 50 receptores.

Todos se lembram de certeza. Apesar de triste e trágico, lá se fizeram umas piadolas sobre o acontecimento. É sempre assim: pode acontecer a maior tragédia de todos os tempos, mas há sempre espaço para umas graçolas. E eu costumo ajudar à festa. Não por falta de respeito, mas porque o ser humano é mesmo assim – precisa de minimizar as consequências interiores das catástrofes de alguma maneira, nem que seja através do riso. E eu acho bem.