Cátia Vanessa ou Fábio Ricardo?

Encontrei esta imagem de um tal de Michael Carreira, filho do Tony Carreira, que enche Pavilhões Atlânticos como quem enche balões com hélio (para quem não sabe, é num instantinho). Parece que o rapaz já canta e encanta. Deixo-vos a foto e a respectiva legenda que lá estava:


“fui ver o tony carreira no dia 19.11.2005 em geneve...e por sorte ele trouxe o filho..k canta tao bem como o pai!!!o gajo é mesmo lindoooo!!!”



A Secretaria de Estado das Comunidades vai promover um concurso online para a descoberta de novos talentos musicais entre os portugueses residentes no estrangeiro e eu… estou cheia de medo.

Nesse sentido, a Secretaria de Estado assinou um protocolo com a RTP, a Valentim de Carvalho e a PT.Com, que irão participar neste projecto através da transmissão televisiva de um festival com as canções que mais se destacarem e da gravação de um CD.

Após a assinatura do protocolo, o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, disse que esta iniciativa pretende também "valorizar o património que une os portugueses que estão em Portugal e os que estão no estrangeiro: a língua portuguesa".

"Temos quase seis milhões de portugueses que insistem em manter o seu estatuto de cidadania e manter-se ligados à cultura portuguesa", disse, acrescentando: “são os chamados totós”. (Mentira. Esta última parte acrescentei eu.)

Outro dos objectivos deste projecto é o de "fazer com que os portugueses em Portugal conheçam mais e melhor o que se passa com os portugueses no estrangeiro", acrescentou o secretário de Estado. E eu pergunto: who cares?


E agora? Quem vem aí? Confesso que estou um bocadinho apreensiva. Aliás, isto pode ser um grandessíssimo preconceito da minha parte, mas… hum… cheira-me que vêm aí mais um Fábio Ricardo e/ou uma Cátia Vanessa.

Já estou a imaginar: ele de cabelo aos caracóis assim a dar pelos ombros, uma mistura de Beto com Marco Paulo antes do “mudasti”; ela com uns longos cabelos até aos joelhos, que são o orgulho do papá, e com uma fatiota prateada, cor-de-rosa e verde alface costurada noite fora pela mamã.

Ou mais um João Pedro Pais, com o mesmo ar de coitadinho, mas sem a parte da Casa Pia e com sotaque da Francia e da ‘nha terra, que é uma aldeia ali em Trás-os-Montes. Ou, ainda, um puto dread qualquer, com a pala do boné virada para nordeste e com ouro, muito ouro (pechisbeque dourado também serve, mas é mais chunga), a querer representar o seu hip-hop electrónico alternativo, que é o último grito lá nas escolas do Luxemburgo.


A ver vamos…