Não consigo habituar-me de maneira nenhuma a isto de não poder fumar em cafés e restaurantes e centros comerciais e estações de comboios e mais-não-sei-quê. Cafés para fumadores, na Amadora, já descobri (viva o Armazém de Café), restaurantes é que não.
Já bastava não poder andar aos gritos pela rua fora. Se bem que neste caso faço uma espécie de auto-censura, acho que ninguém me vem multar. Desde que não passe das 19 horas, claro. E sempre que o mano pequeno vai para a janela gritar, deixo-o estar à vontade. Se a minha mãe estiver em casa - "Ai, os vizinhos" -, lá lhe digo para gritar só pelo Benfica. Nesse caso, já ninguém estranha.
A propósito (ou não), um dia destes pediram-me identificação para comprar tabaco. Quando tinha 16 anos ninguém me dizia nada, aos 25, a caminho dos 26, é que isto me acontece. Eu sei que tenho ar de chavaleca, mas... nem 18 anos?! Visto que não tinha identificação comigo, e que era domingo e já tinha corrido metade de Paço de Arcos à procura de tabaco, tentei a sorte pedindo o livro de reclamações (sem razão nenhuma, é bom que se diga). Resultou. Os meus irmãos de 13 e 15 anos estavam comigo e são mais altos do que eu. A rapariga da loja deve ter achado que eu era do grupo. Ainda lhe agradeci pelo elogio, claro.