A beatificação de Linda de Suza

Já sabe quem vai ser o próximo presidente francês, mas não diz a ninguém. Previu a queda da ponte de Entre-os-Rios e ninguém acreditou nela. Em sonhos soube que o “o Mundo não ia voltar a ser o mesmo depois do 11 de Setembro”. Antes do Euro 2004, também já sabia que a Selecção Portuguesa não ia ganhar…


Enlouqueceu. E a entrevista feita pelo Correio da Manhã prova isto mesmo.


Deixo aqui um cheirinho da entrevista, mas aconselho a que a leiam toda. Não que seja o cúmulo da relevância para qualquer um de nós, tendo em conta as esferas pessoais, profissionais ou sociais em que nos movemos, mas para quem se interessa sobre o estudo da mente pode ter ali matéria-prima para muitas dissertações. Ou então serve só para rir.


- Até agora, o que recorda com mais carinho?

Para mim tudo é bom. E o que não é, vou à casa de banho e sai (risos). Por isso é que escrevi o livro. Para não voltar a falar do passado.

- Seguiu a performance da Selecção Portuguesa no Euro, no Mundial?

No Euro, já sabia que Portugal não ia ganhar. Eu disse: ‘Vai acabar como começou’. E foi mesmo.

- O seu pai era severo consigo, quando era criança...

Há pessoas que se suicidam porque não têm coragem de avançar. Outras, quando lhes falta, dão porrada. A miséria muda as pessoas.

Estará a protagonista de A Mala de Cartão na miséria? Ou ela foi sempre assim? E por que raio insistem em ressuscitar quem já morreu? É que isso faz com que essas pessoas sintam uma qualquer força divina dentro delas e de repente passem a ser videntes. A Linda de Suza não foi a primeira, lembrem-se do caso da Florbela Queiroz, que assim sem mais nem menos se tornou cartomante.