Calinadas

As mais conhecidas são as futebolísticas. Não há quem não conheça pérolas como "O meu clube estava a beira do precipício, mas tomou a decisão correcta: deu um passo em frente.", do João Pinto (FC Porto), ou "Vai ser um jogo muito importante, particularmente para todos os portugueses e em geral para mim.", Hélder (Benfica).

E depois há também as dos famosos: "Estar vivo é o contrário de estar morto" (Lili Caneças), "Eu trabalhei num cemitério, tratava das campas, e era um grande artista. Nunca tive nenhum morto, coitado, a dizer mal do meu trabalho." (José Crispim do duo Ele e Ela).

Mas para mim as melhores são as dos Jornalistas.

Errar é humano e, por vezes, dizemos coisas que não fazem sentido nenhum. A culpa é das palavras. Pronto, ok, às vezes o cérebro também nos prega umas partidas. Sim, é verdade, também há quem seja simplesmente parvo e não dê uma para a caixa. Mas o que interessa é que nos fartamos de rir!


Aqui ficam as melhores calinadas ditas ou escritas por jornalistas:


- É uma bela obra, de onde parecia exalar toda a fria tristeza da estepe gelada. Foi executada com um calor magistral. (A arte de encher chouriços com palavras e ideias supostamente rebuscadas.)

- O presidente de honra é um jovem septuagenário de 81 anos. (Trocou-se todo.)

- As circunstâncias da morte do chefe de iluminação permanecem rigorosamente obscuras. (Ah! Ah! Ah! Esta aposto que foi de propósito.)

- À chegada da polícia, o cadáver encontrava-se rigorosamente imóvel. (…)

- O acidente provocou uma forte comoção em toda a região, onde o veículo era bem conhecido. (Seria um Cadillac?)

- A conferência sobre a prisão-de-ventre foi seguida de um farto almoço. (Ah! Ah! Ah! Esta também deve ter sido de propósito.)

- Ela contraiu a doença na época em que ainda estava viva. (WOW!!!)

- No corredor do hospital psiquiátrico, os doentes corriam como loucos. (Os jornalistas às vezes também fazem humor.)

- Um surdo-mudo foi morto por um mal-entendido. (Outro momento de humor, aposto.)

- A vítima foi estrangulada a golpes de facão. (Em que é que ficamos, afinal?)

- Apesar da meteorologia estar em greve, o tempo esfriou ontem intensamente. (Isto é poesia, meus amigos!)

- Esta nova terapia traz esperanças a todos aqueles que morrem de cancro a cada ano. (Lá na sua nuvenzinha, os que morreram de cancro mal devem caber em si de contentes.)

- Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para satisfação dos habitantes. (Mais uma piadola…)

- Quatro hectares de trigo foram queimados. A princípio trata-se de um incêndio. (…)

- Este ano, as festas do 4 de Setembro coincidem exactamente com a data de 4 de Setembro, que é a data exacta, pois o 4 de Setembro é um domingo. (Jesus!)

- Os antigos prisioneiros terão a alegria de se reencontrar para lembrar os anos de sofrimento. (A frase mais infeliz de sempre deste jornalista.)

- Parece que ela foi morta pelo seu assassino. (Ao que tudo indica… parece que foi. Ah! Ah! Ah!)


Infelizmente, não estão identificadas. Fartei-me de procurar e não encontro o nome dos autores destas fantásticas declarações! É pena…